Rosely de Arcoverde
Rosely de Arcoverde Dilton Maynard Conheci Rosely de Arcoverde quando viajava entre Pernambuco e Alagoas. Na verdade, foi ela quem me conheceu. Acho mais justo dizer assim. Era meio dia e Garanhuns tinha o vento frio costumeiro, mas o ônibus estava quente. Ela sentou numa poltrona após a minha. Ajeitou as coisas – uma bolsa, um agasalho e o celular. Logo depois começou a falar. E como Rosely falava. Parecia impaciente. Não conhecia Palmeira dos Índios, nem a pessoa que a receberia na rodoviária. Estava com medo de cair no sono e perder a parada. Tentei acalmar a moça, explicando que o motorista cuidava de não deixar isto acontecer, porque era prejuízo para a empresa. Tentei, em vão, retomar a minha leitura. A garota reclamou do frio, depois do calor, da poltrona; reclamou de um pedinte que não havia saído de perto dela enquanto esperava o ônibus. O motivo da viagem é curioso. A moça iria encontrar um primo recém-aparecido. Fruto de um amor interrompido por conta da migração de u