Só no chat, Só na Net: música e ciberespaço
Dilton Maynard A canção é taxativa: “Quem mexe com internet/Fica bom em quase tudo/Quem tem computador/nem precisa de estudo”. A sarcástica afirmação é feita pelo pessoal do Pato Fu. Outra canção, outro diagnóstico: “Certo é que o sertão quer virar mar/Certo é que o sertão quer navegar/No micro do menino internetinho” anuncia Gilberto Gil.Ambas as músicas evidenciam o quanto a Internet influencia as nossas vidas. Como se vê acima, as tensões existentes entre o ciberespaço, este mundo de fluidez ininterrupta e a vida cotidiana são mais frequentes do que poderíamos imaginar. Tão frequentes, que (pre)ocupam até mesmo aos artistas. Por exemplo: uma audição atenta e logo perceberemos como as mudanças trazidas pela chegada da Internet estão presentes na música. A banda sergipana Naurêa já realizou a sua novena para São Bill Gates, Zeca Baleiro cantou que “se o homem já foi à Lua/ vai pegar o sol com a mão/ Basta comprar um PC/ E aprender o abc da informatização”. Gil, um dos mais empolga