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Mostrando postagens de julho, 2009

O último na fila do mundo

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Sentou ofegante embaixo da árvore de copa parca. Olhou as pessoas a passar. Os minutos escorregavam com o suor da fronte. Estava ali só Deus sabe há quanto tempo. O sol, com elegância única, definhava. Mesmo assim o moço continuou sentado. A cabeça, em rodopios de fatos, reforçava a idéia de que havia algo errado. Pensou no patrão, o gordo e intragável Nuno Freitas Costa, dono da loja de ferramentas: “- Português filho duma égua!”. Dito isto, emudeceu junto com aquele resto de tarde moribunda. Então, a noite chegou sem grandes cerimônias. Ele também não se deu conta. Resmungou: “– Ser empregado... É a pior coisa do mundo, meu Deus!” Tornou a olhar em volta. A praça, agora iluminada por lâmpadas um tanto tímidas e faróis esporádicos, possuía bancos de madeira com renovada por pinturas recentes, flores bem-cuidadas, e dois ou três mendigos que se apertavam junto ao coreto. Namorados imbuídos da gana do primeiro encontro tomavam sorvete, enquanto meia dúzia de beatas, satisfeitas, rumavam