Dilton Maynard (GET/UFS/CNPq) A cena não poderia ser mais humilhante. Parado na linha do gol, com o pé sobre a bola, após ter deixado para trás toda a defesa adversária, até mesmo o confuso goleiro, que engatinhava desesperado de volta às traves, o moço observava. Quando todos esperavam o gol, o lance inesperado: com um sorriso indisfarçável, o atleta mirou o centro do campo e recolocou a bola em jogo. Castigava seu adversário não fazendo o sexto gol. Trata-se, sem dúvida, de uma atitude ousada, debochada. Este tipo de jogada normalmente acarreta para um jogador críticas e, muitas vezes, pontapés dos adversários. Mas, o que dizer de alguém que, numa cidade ocupada pelos alemães durante a II Guerra, adotou tal postura diante de um time de nazistas, num jogo apitado por um oficial da SS (Schutzstaffel, tropa de proteção) considerada a “guarda pretoriana” de Hitler? Esta é uma das narrativas presentes no livro Futebol & Guerra, de Andy Dougan (Jorge Zahar, 2004). Originalme
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